Quando Emanuel Alencar me chama no zap e diz: ‘Quero te fazer dois convites”, eu já fico alerta porque sei que vem coisa boa na nossa área. Emanuel e eu trabalhamos juntos no Razão Social (caderno do O Globo que editei de 2003 a 2012, sempre atualizando temas relativos ao desenvolvimento sustentável) e depois cada um seguiu seu rumo, mas com o mesmo mote.
Hoje Emanuel tem um movimento muito interessante que se chama “Respira Rio” e já marquei com ele de fazermos uma conversa para virar entrevista e trazer aqui para os leitores a essência do “Respira Rio’. Está faltando é tempo, porque como vocês sabem, não monetizo meu blog, portanto preciso fazer frilas para pagar boletos. Mas espreme daqui, espreme de lá, acaba dando um tempo.
Pois bem: um dos convites que Emanuel me fez foi para eu chamar os leitores para um super evento que vai acontecer no Museu do Amanhã nos dias 1 e 2, das 9 às 19h, e vai ser uma espécie de continuação da COP30, com ótimas intenções. É isto mesmo. Precisamos continuar falando a respeito.
A ideia é reunir especialistas para debaterem sobre a melhor forma de financiar a conservação ambiental e a restauração ecológica. Como vocês se lembram, o presidente Lula anunciou lá o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF na sigla em inglês), que tem a ver com o tema. Mas o evento vai focar, especificamente, em como transformar o Código Florestal em motor econômico da transição ecológica. Faz sentido. Apesar de o Código Florestal ser considerado por especialistas a maior infraestrutura climática já criada no país, seu potencial permanece subutilizado
O evento é organizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio de várias instituições. Vai ter ainda o lançamento da nova Vitrine da Restauração, uma plataforma desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (Sobre), com apoio técnico e financeiro do projeto PlanaFlor (BVRio/FBDS). Ela busca resolver exatamente um dos principais gargalos da restauração em escala: a falta de dados estruturados e de coordenação territorial para orientar políticas e investimentos. infraestrutura pública essencial para viabilizar restauração em larga escala.
Vai ser um encontro de peso, ao qual comparecerão representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria de Estado do Ambiente (Seas), do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Gestão e Inovação, do Serviço Florestal Brasileiro e de diversas instituições da sociedade civil. A programação inclui painéis sobre CAR, interoperabilidade de dados, restauração ecológica, regularização ambiental e mercado de CRAs, culminando no lançamento das primeiras CRAs do Brasil.
A programação completa pode ser vista aqui. As inscrições podem ser feitas aqui. E vai ter também transmissão ao vivo.
Emanuel me convidou para participar pessoalmente, mas a este amável convite eu não poderei dizer sim. Estou lotada de trabalho. Mas vou seguir algumas transmissões ao vivo e trago notícias aqui.
