“Se cada idade é nova, o envelhecimento é uma novidade”.
Ouvi essa frase numa aula de filosofia do professor Auterives Maciel, e estou ruminando esse pensamento desde então.
Hoje eu faço aniversário. Passo, portanto, a ter uma nova idade. E vou encarando, assim, a grande novidade que é o envelhecimento.
Hoje o dia amanheceu colorido, céu azul, muito calor. À tarde, porém, já estava cinzento. E menos quente.
Hoje trabalhei bastante, um frila benfazejo que me tirou de uma certa seca nos últimos tempos. O dia foi, portanto, produtivo. Que bom.
Hoje eu amanheci com meus dedos todos perfeitinhos, mas à tarde, quando cortei legumes, fiz um ferimento a faca no mindinho.
São acontecimentos, afetos instantâneos, vivo cada um com intensidade. Gosto disso.
Viver está difícil. Sobretudo quando a dor de pessoas, mesmo distante, nos afeta. O clima, os eventos extremos, as guerras…
Mas vou vivendo, assim mesmo, no gerúndio, o verde das árvores que recebe o amarelo do sol e forma um quadro incrível tendo o azul do céu como fundo. Ou o cinza, que se mescla ao verde mais escuro. E ouvindo os pássaros, tomando cuidado para não pisar nas formigas, lindas, trabalhadoras como eu.
Viver é difícil. Mas é bom.
E recebi tanta energia boa vindo de amigos, que sou só agradecimento. A cada um que reservou um instante do dia para me desejar coisas legais, o meu muito obrigado. Desejo em dobro.
Estou fechando agora o trabalho e vou abrir uma garrafa de Soju, bebida coreana que comprei num site. Nunca experimentei. É mais uma novidade. Tim-tim!